O «Los Angeles Times» relata que será aprovada na Nicarágua uma lei que criminaliza todas as formas de aborto, incluindo as resultantes de violações, de malformações do feto e até mesmo as que se destinem a salvar a vida da mulher grávida.
Associações médicas da Nicarágua e movimentos internacionais de direitos humanos têm criticado fortemente esta legislação, que prevê penas de 6 a 30 anos de prisão para as mulheres que abortem e para os médicos que se atrevam a auxiliá-las.
Estima-se que anualmente se façam cerca de 32.000 abortos clandestinos na Nicarágua sem quaisquer condições de segurança ou salubridade, enquanto foram levados a cabo somente 24 abortos legalmente autorizados nos últimos três anos, incluindo o de uma menina de 9 anos que tinha sido violada em 2003 mas que, segundo a nova lei, não poderia agora abortar.
Médicos da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia daquele país afirmaram em conferência de imprensa que esta lei vai perigar a vida das mulheres e vai fazer com que os médicos se sintam relutantes em levar a cabo quaisquer procedimentos destinados a salvar-lhes a vida.
«Quando uma mulher chega a um hospital com uma hemorragia vaginal, ficamos receosos de fazer alguma coisa: se a tratamos podemos ser condenados e se não a tratamos também», declararam.
Mas Rafael Cabrera, um médico obstetra e líder do «Movimento Sim Pela Vida», afirmou:
«A lei actualmente vigente na Nicarágua permite a abertura de uma porta pela qual os abortos podem ser praticados e nós pretendemos fechar essa porta. Não acreditamos que uma criança possa ser destruída sob o pretexto de que uma mulher pode morrer».
Por trás desta iniciativa está uma instituição milenar, fortemente implantada na Nicarágua e influente em todos os sectores da sociedade, e cujos líderes se mobilizaram activamente para redigir a lei e angariar todos os apoios necessários para a sua aprovação, e que se distingue pela sua forma única e peculiar de defesa de embriões, da dignidade das mulheres e da própria vida humana.
Chama-se Igreja Católica Apostólica Romana.
Luis Grave Rodrigues
http://www.ateismo.net/diario/
Associações médicas da Nicarágua e movimentos internacionais de direitos humanos têm criticado fortemente esta legislação, que prevê penas de 6 a 30 anos de prisão para as mulheres que abortem e para os médicos que se atrevam a auxiliá-las.
Estima-se que anualmente se façam cerca de 32.000 abortos clandestinos na Nicarágua sem quaisquer condições de segurança ou salubridade, enquanto foram levados a cabo somente 24 abortos legalmente autorizados nos últimos três anos, incluindo o de uma menina de 9 anos que tinha sido violada em 2003 mas que, segundo a nova lei, não poderia agora abortar.
Médicos da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia daquele país afirmaram em conferência de imprensa que esta lei vai perigar a vida das mulheres e vai fazer com que os médicos se sintam relutantes em levar a cabo quaisquer procedimentos destinados a salvar-lhes a vida.
«Quando uma mulher chega a um hospital com uma hemorragia vaginal, ficamos receosos de fazer alguma coisa: se a tratamos podemos ser condenados e se não a tratamos também», declararam.
Mas Rafael Cabrera, um médico obstetra e líder do «Movimento Sim Pela Vida», afirmou:
«A lei actualmente vigente na Nicarágua permite a abertura de uma porta pela qual os abortos podem ser praticados e nós pretendemos fechar essa porta. Não acreditamos que uma criança possa ser destruída sob o pretexto de que uma mulher pode morrer».
Por trás desta iniciativa está uma instituição milenar, fortemente implantada na Nicarágua e influente em todos os sectores da sociedade, e cujos líderes se mobilizaram activamente para redigir a lei e angariar todos os apoios necessários para a sua aprovação, e que se distingue pela sua forma única e peculiar de defesa de embriões, da dignidade das mulheres e da própria vida humana.
Chama-se Igreja Católica Apostólica Romana.
Luis Grave Rodrigues
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