domingo, agosto 31, 2008

A perspectiva do pessimista, do optimista e do estudante

perspectiva

Pulseiras motorizadas

O Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou hoje o diploma que autoriza o Governo a legislar sobre a instalação obrigatória de um dispositivo electrónico de matrícula em todos os veículos motorizados. Cavaco Silva, tal como José Sócrates e toda a maioria parlamentar que aprovou o diploma, entende que todos os portugueses que entrem num carro merecem o mesmo controlo apertado que é exercido sobre os cidadãos condenados por crimes a quem seja aplicada uma pena com vigilância através de pulseira electrónica. Para o nosso bem, claro está.
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Em Roma sê romano?...não me parece

O contexto histórico

A propósito da conversa das sociedades, etnias e direitos. Apanhei agora o final de uma reportagem na SIC sobre uma família de ciganos. Uma miúda casou aos 13 anos com um tipo de 20. Agora tem 15 anos, uma filha com 11 meses e está grávida. Por lei isto é crime sexual, e mesmo sem a lei é uma barbaridade. Mas por cá respeita-se mais as tradições do que as crianças.

A reportagem deu num programa chamado Perdidos e Achados, e penso que era uma repetição.
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ensino especial - poupar dinheiro outra vez...


Professores de Educação Especial excluídos dizem que colegas passaram à frente

Caras de parvo






mas estes são os mais parvos

mas este é o preferível até pelo simbolismo...

«Dois peixes»


«A Polícia Marítima de Almada não avistou qualquer tubarão numa praia da Costa de Caparica, apesar de um nadador salvador ter dado hoje à tarde o alerta da presença de dois peixes nas águas na Praia do CDS» – diz a Lusa.
Só dois peixes na Praia do CDS? Parece que está a ser difícil granjear apoio.
Mas a Lusa continua: «O alerta de dois tubarões tinha sido dado perto das 18:00 pelo nadador salvador da Praia do CDS, na Costa de Caparica, habitualmente frequentada por surfistas.
Três horas depois de ter sido dado o alerta, a Polícia Marítima de Almada disse à agência Lusa que tudo não passou de um falso alarme e que apenas foi avistado um mergulhão (uma ave) à tona da água.»
Sim, o CDS é habitualmente frequentado por surfistas. E também é costume o «nadador salvador” do CDS avistar tubarões que não passam de mergulhões.
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A vingança socretina...

Sempre há filhos e enteados... Repare-se no aumento de verbas para o querido ISCTE, o tal que se prontificou quase de imediato a ser fundação. Atenção que este esquema passará depois para as escolas secundárias... em direcção à privatização... Chama-se isto "engordar o porco."

Orçamento de Estado para 2009 reforça transferências para o Ensino Superior em 90 milhões de euros. Universidades que passam a fundações são as que recebem mais.
O Orçamento do Estado para 2009 reforça as verbas para o Ensino Superior com um total de 90 milhões afecto às despesas de funcionamento das universidades e politécnicos no próximo ano. Os valores foram avançados ontem pelo Diário Económico (DE) e representam um crescimento nominal de 7,8 por cento em relação aos 1.154 milhões atribuídos em 2008. O DE adianta ainda que serão as universidades que estão a negociar a passagem a fundações e as mais prejudicadas nos últimos anos nas transferências aquelas que verão um maior crescimento nas verbas. As universidades de Aveiro (UA) e do Porto (UP) e ISCTE, em Lisboa, são as três instituições de Ensino Superior que estão a negociar a passagem a fundação. A lei prevê que, para estas, haja reforço de verbas e mais autonomia financeira. De acordo com o DE, o maior reforço nas verbas acontece no ISCTE, com um crescimento de 24 por cento, seguido da UA, que receberá mais dez por cento. Para a UP está previsto um crescimento de apenas 1,7 por cento.
As três instituições poderão, no entanto, candidatar-se a um fundo de 24 milhões de euros previsto no Orçamento de Estado de 2009. Este reforço “quebra o ciclo de desinvestimento no Ensino Superior”, admite fonte do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, citada pelo DE. Nos três últimos anos, as transferências do Orçamento de Estado para o Ensino Superior sofreram uma quebra de 8,6 por cento. Dos 90 milhões de euros, cerca de dez milhões serão destinados à acção social escolar, 40 milhões deverão ser distribuídos às instituições em função dos projectos apresentados, e os restantes 40 milhões servirão para dar resposta às dificuldades financeiras das universidades, agravadas desde os cortes orçamentais dos últimos anos.
http://reinodamacacada.blogspot.com/

mãos no ar!!! É assim que se apanham os bandidos!

penteado à jogos olímpicos

Propaganda já começou

A propósito das sessões contínuas de propaganda centradas nas escolas,
de que são exemplos, a entrega de 500 mil portáteis e de 115 mil
livros, dos prémios de 500 euros ao melhor aluno dos cursos
científicos e humanísticos e ao melhor aluno dos cursos profissionais
e a realização, no dia 12 de Setembro, em todas as escolas, do Dia do
Diploma, recebi este comentário que merece ser lido:

É de facto lamentável que:

- alunos com fome se continuem a sentar diariamente nas nossas salas
de aula (desde o 1º ciclo ao secundário);

- alunos sem posses tenham que ir para a escola sem material escolar;
- sejam os professores que durante esta legislatura tem sido
maltratados, insultados, privados de progredir e cuja carreira foi
aniquilada, se vejam obrigados a ajudar os alunos com efectivas
carências que o ME ignora;

- se usem as verbas retiradas a esses mesmos professores, através de
um ECD, concurso de Titulares e novas regras para a Aposentação, para
se adquirirem 500 mil computadores e 115 mil livros, pondo desta forma
em marcha a propaganda para as próximas legislativas.

Agora, exigir a esses mesmos professores que tenham o trabalho
logístico de 'distribuir os livros', organizar os fantástico eventos
do 'dia do diploma' e da 'atribuição dos '500 Euros ao melhor aluno
dos cursos científico-humanísticos e ao melhor aluno dos cursos
profissionais ou tecnológicos ', coagindo-os a pactuar nessa
vergonhosa propaganda, é de mais!
(recebido por mail)

sem comentários...


http://www.rebelion.org/

Estes Criminosos São Uns Malandros

O escritório de advogados a que pertence Vitalino Canas foi assaltado enquanto o dito estava ontem na Sic-Notícias a desdramatizar a situação da insegurança e da crinminalidade em Portugal.
A situação dava um argumento interessante para um filme do… Woody Allen, por exemplo.

criminalidade violenta


http://antero.wordpress.com/

Os CTT Correios de Portugal, servem para quê?

...Essencialmente, para entregarem correspondência aos cidadãos.

No site da empresa, escreve-se eufemisticamente num elaborado Código de Ética que a missão da empresa, é o estabelecimento de ligações físicas e electrónicas entre os cidadãos”. Seja.

Vejamos então, este exemplo prático de ética empresarial: Um dos tais cidadãos que esperam da empresa que cumpra o que promete, recebe uma encomenda, um “ objecto volumoso”, na gíria postal do carteiro que muda mensalmente.
Como não se encontra em casa à hora da entrega, neste caso 12 horas, o carteiro que muda frequentemente, deixa um aviso, onde anota o dia e hora da entrega frustrada e avisa o destinatário que a pode reclamar num posto dos CTT Correios de Portugal, no dia seguinte a partir das 9 horas.

O cidadão destinatário chega entretanto a casa, na tarde desse mesmo dia e ainda a tempo de se dirigir ao posto dos CTT Correios de Portugal indicado no aviso, o que faz perto do encerramento do posto, a fim de permitir a devolução e depósito da mercadoria, pelo carteiro.

Apresenta o aviso à menina do guichet. Esta, comunica-lhe amavelmente que só no dia seguinte poderá ser levantada a embalagem. A qual estivera cerca das 12 horas em sua casa e só não fora entregue, porque ninguém lá se encontrava para a receber.

O carteiro não passa duas vezes pelo mesmo lugar e por isso, o objecto volumoso regressou à base da tranquilidade de estante postal, à espera do dia seguinte. Mesmo que já lá se encontre aquando da reclamação ao balcão. “Ordens superiores”, informa a menina. É proibido expressamente entregar correspondência, depois de ter sido depositada pelo carteiro, após o giro. Ainda que já aí esteja...

Então, é assim: O carteiro passa uma vez. Toca à porta, duas ou três. Ou nenhuma , até. Não entrega o objecto volumoso e deixa um aviso de levantamento, consignando que só no dia seguinte tal poderá suceder.
O destinatário, sabendo que o giro do carteiro, termina ainda antes das 15 horas e por isso, a correspondência se encontrará no posto, por volta das 17 horas, tenta a recuperação do objecto que lhe pertence, nesse mesmo dia, porque dele precisa e pagou a despesa inerente ao serviço prestado pelos CTT Correios de Portugal.

Esta entidade, empresa com a missão de “estabelecer ligações físicas entre os cidadãos “, corta a ligação, porque a administração decidiu que toda a correspondência devolvida no mesmo dia e depositada pelos carteiros, já nunca mais não pode ser levantada pelos proprietários, nesse mesmo dia. Mesmo que estes a estejam a ver com os olhos que observam as estantes. À vista de todos.

É para isto que servem os CTT Correios de Portugal? Então, arranjem-me outra empresa. Ou outra administração.
http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/

sábado, agosto 30, 2008

Pensamento para o fim de semana

"É MUITO DIFÍCIL QUE NÃO SENDO HONRADOS OS PRINCIPAIS CIDADÃOS DE UM ESTADO, OS OUTROS QUEIRAM SER HOMENS DE BEM; QUE AQUELES ENGANEM E ESTES SE CONFORMEM COM SER ENGANADOS."

MONTESQUIEU, DO Espírito das Leis

A minha também é assim...

Assunto: SLB

Sabem qual a diferença entre o Benfica e o salário mínimo?
A diferença é que no salário mínimo a pessoa ganha, ganha, ganha e não compra nada.
O Benfica compra, compra, compra e não ganha nada.

Riem de quê? E de quem?


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A mulher perfeita

Certa tarde, conta uma antiga história sufi, Nasrudin tomava chá e conversava com um amigo sobre a vida e o amor.

“Por que você nunca se casou, Nasrudin?”, perguntou o amigo.

“Bem”, respondeu, Nasrudin, “para dizer a verdade, passei toda a minha juventude a procurar a mulher perfeita. No Cairo conheci uma moça linda e inteligente, com olhos que pareciam olivas pretas, mas ela não era muito cortês. Depois, em Bagdá, conheci uma mulher de alma generosa e amiga, mas não tínhamos muitos interesses em comum. Muitas mulheres passaram pela minha vida, mas em cada uma delas faltava alguma coisa, ou alguma coisa estava demais.

Então, um dia, eu a conheci. Era linda, inteligente, generosa e bem-educada. Tínhamos tudo em comum. Na verdade, ela era perfeita”.

“E então”, replicou o amigo de Nasrudin, “o que aconteceu? Por que você não se casou com ela?”

Pensativo, Nasrudin sorveu mais um gole de chá e concluiu:

“Infelizmente, parece que ela estava à procura do homem perfeito.”


Khawajah Nasr Al-Din in «Histórias de Nasrudin»

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Está aí alguém??!

enquadramento

Eu tenho um chip...


... e um badalo também.
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a liberdade evolui


Daneil Dennett é um relevante filósofo americano. "A liberdade evolui" é o título de uma das suas obras. Tem uma pequena história muito interessante e que merece uma atenta reflexão. Não resisti a transcrever.

"A Orquestra Sinfónia de Boston é conhecida por fazer a vida difícil aos maestros convidados até que estes dêem provas de que merecem ocupar o lugar. Perante a sua estreia à frente da orquestra, e conhecendo a reputação da mesma, um jovem maestro decidiu tentar um atalho para conseguir ser respeitado. Estava programado que dirigisse a estreia de uma obra contemporânea inaudivelmente dissonante, e enquanto lia a partitura ocorreu-lhe um estratagema brilhante. Encontrou um crescendo no início, em que toda a orquestra produzia um som estridente em mais de doze notas discordantes, e reparou que o segundo oboé, uma das vozes mais suaves da orquestra, estava programado para tocar um Si natural. Agarrou na partitura para o segundo oboé e inseriu cuidadosamente o sinal para bemol - a partir de agora era indicado ao segundo oboé que devia tocar um Si bemol. No primeiro ensaio, conduziu energicamente a orquestra até ao crescendo adulterado. "Não!", berrou, parando a orquestra abruptamente. Depois, com o sobrolho enrugado e em profunda concentração disse: "Alguém, vejamos, sim, deve ser... o segundo oboé. Devia tocar um Si natural e tocou um Si bemol". "Não pode ser", respondeu o segundo oboé. "Eu toquei um Si natural. Um idiota qualquer tinha escrito aqui Si bemol!"."
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Vítimas duas vezes


Leio no Diário de Notícias (online) um trabalho bem feito, sobre o universo das vítimas de actos de violência, em Portugal e da tremenda falta de informação que leva a um cenário em que “só uma em cada dez vítimas pede indemnização”.
Não estou a falar de pedidos de indemnização “à sorte” ou “a ver se pega”. Não. Estou a falar de milhares de pessoas que são violadas, vítimas de violência domestica, assaltos, etc, etc, que preenchem todas as condições para receber as indemnizações estabelecidas pela lei.
Pode ser uma pergunta muito parva... mas já que se trata de vítimas que são conhecidas e que portanto, ou junto das autoridades policiais, ou nos hospitais, foram devidamente identificadas enquanto vítimas, custaria muito a esses agentes (policiais ou de saúde) informar imediatamente essas pessoas dos seus direitos?
A quem é que interessa que as vítimas desconheçam que têm direito a indemnizações?
Eu sei que na esmagadora maioria dos casos, os agressores não têm condições para pagar seja o que for e nesses casos é o Estado que deve assumir as responsabilidades.
Que raio de Estado é que faz uma lei “bonitinha” em que as vítimas têm direitos, mas depois, pelos vistos, não faz nenhum esforço para que elas os conheçam?
Fica mais barato aos cofres públicos?
Que coisa triste!
http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/

vê-lo pelas costas...

A Escola da Burocracia

Portugal tem seguramente uma das piores escolas públicas do mundo ocidental, em termos de aproveitamento, e não é por culpa dos professores e outros profissionais que trabalham nas escolas, mas sim dos sucessivos governos que nesta área só têm mostrado incompetência e vocação burocrática e centralizadora.
Dos trinta titulares da pasta, que ao longo de 35 anos têm ocupado lugar no governo, não conheço nenhum que tenha deixado um trabalho digno de nota.
Em Portugal gasta-se mais com o Ensino do que no resto da Europa, mas essas verbas não são despendidas com as escolas, nem com o seu pessoal, o equipamento e os materiais pedagógicos, mas sim com os despesismos burocráticos do ministério.
A diarreia de papelada que é despejada diariamente nas escolas, repartida por leis, decretos, despachos, directivas, regulamentos, pareceres, formulários, grelhas, relatórios, registos, etc., etc., custa muito caro, pois é preciso pagar à monstruosa máquina burocrática ao serviço do ministério, composta por um exército de legistas e os seus escritórios, assessores, informáticos e suas empresas, pedagogos, cientistas da educação, psicólogos, ideólogos, especialistas, e burocratas de toda a espécie.
Diz-se mesmo que a pesada máquina da 5 de Outubro compete em excesso de pessoal com a Câmara Municipal de Lisboa. São tantos que ninguém os consegue contar.
As medidas demagógicas deste ministério nada contribuem para o sucesso dos alunos nem para o melhoramento do ensino, e muito menos para a valorização e boa imagem da escola portuguesa e de Portugal além fronteiras.
Estas pseudo reformas visam cada vez mais transformar os docentes em meros burocratas a tempo inteiro, privando-os de tempo suficiente para preparar as aulas e não lhe deixando espaço para ler obras necessárias à sua formação ou à actualização dos seus conhecimentos.
Segundo alguns observadores mais atentos esta burocracia destina-se simplesmente a lançar a confusão nas escolas, criando mais indisciplina nos alunos e preparando os docentes mais antigos para o abandono da profissão, através de reformas antecipadas, de forma a abrir caminho aos privados, cujo apetite já se vislumbra na aceleração da construção e abertura de escolas privadas.
De facto, nunca percebi por que é que os docentes portugueses, hoje arvorados em administrativos e burocratas, nunca fizeram uma greve contra a monstruosa papelada que o ministério despeja diariamente nas escolas!
Pesquisando na Internet descobri que lá fora os professores não são sujeitos a pseudo avaliações, mais destinadas a dividir e a poupar dinheiro do que a avaliar seja o que for, da mesma forma que também não têm a vida carregada por burocracias e trabalho de secretaria.
No Verão passado tive a oportunidade de conversar com duas amigas estrangeiras, que nos seus países estão ligadas ao ensino. A Denise, que trabalha numa escola de Basileia, na Suíça, onde é secretária do director, ocupa-se em resolver os problemas dos alunos menos integrados ou indisciplinados, isto é, faz sozinha o que em Portugal fazem os muitos directores de turma: responsabiliza os pais e encarregados de educação e multa-os, se for necessário, pelo mau comportamento dos seus educandos e pela sua negligência em acompanhá-los no percurso escolar.
Aline, austríaca, é professora de Inglês e de Alemão numa escola em Linz. Quando lhe contei o fardo burocrático que pesa sobre os professores portugueses, as inúmeras reuniões de conselhos de turma, de conselhos de docentes, de departamentos, de articulações, etc., etc., que mais complicam do que resolvem, e as extensas actas que é preciso fazer para justificar a irrealidade, exclamou: mas vocês, portugueses, devem ser doidos!
Aos professores deste país, que se quer democrático, já não é permitido ensinar e os resultados, quaisquer que sejam, têm que ser sempre positivos e mediáticos, a fim de facilitar o objecto principal do governo (e pelos vistos também do Estado): as estatísticas.
José Rosa Sampaio
Edição Especial, n.º 26, de 11.07.2008
http://educar.wordpress.com/2008/08/28/a-escola-da-burocracia/

O que o governo quer esconder!...

Uma pérola

Oito postos de abastecimento de combustível, localizados junto a hipermercados, constituíam uma ameaça ao quase monopólio da Galp. Não pelo seu volume de vendas, nada disso, mas sim pelos vários cêntimos abaixo do preço de monopólio fixado pela Galp a que aqueles postos vendem o combustível que, num contexto de suspeitas de cartelização de preços, são uma autêntica chatice, quer para quem lucra directamente com essa prática, quer para quem tem que manter as aparências de estar a assegurar a concorrência num “mercado” onde a lei da oferta e da procura assegura o benefício de todos.

Desta forma, a 14 de Fevereiro, foi anunciado que oito postos seriam engolidos pela petrolífera, que os adquiriria à Sonae com a complacência de uma Autoridade da Concorrência grata por ver desaparecer oito exemplos que contrariam a tese de que as margens de lucro praticadas no sector estão de tal maneira depenadas que nem mesmo a melhor boa vontade das distribuidoras e, claro, a feroz concorrência entre elas, salva os portugueses de contribuírem com cerca de 10 cêntimos para os seus lucros de cada vez que abastecem 1 litro de gasolina ou gasóleo.

Mas hoje, já depois de consumado, mais de seis meses depois, a Autoridade da Concorrência anuncia que decidiu abrir uma investigação aprofundada ao negócio “por considerar que a operação pode reforçar a posição dominante da petrolífera na distribuição de combustíveis”. “Pode reforçar”, ou seja, é ainda apenas uma possibilidade académica, tão remota ao ponto de justificar um inquérito. Falta a confirmação por parte dos mesmos especialistas que afastaram as suspeitas de concertação de preços elogiando as petrolíferas pelo seu profundo conhecimento do mercado e a conclusão poderá bem ser também a de que posição dominante da Galp saiu prejudicada com a aquisição de mais oito postos de venda. Nesta versão de concorrência, em que impera a incerteza, há é que saber brincar.
http://opaisdoburro.blogspot.com/

sexta-feira, agosto 29, 2008

vai um cafézinho quentinho para a sossega?

Não é assim tão grande como tudo isso...

ilusão...

As Férias de Sócrates

O Imprensa Falsa sabe que as férias do primeiro-ministro foram passadas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, na companhia de Harry Potter e Lord Voldemort.
Por isso Sócrates reiterou, assim que chegou a Portugal, a promessa de criar cento e cinquenta mil postos de trabalho.
Mas nem tudo correu bem. O chefe de gabinete do primeiro-ministro continua desaparecido, depois de uma pequena demonstração que Sócrates fez em São Bento.
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Apresentação da metereologia por uma mulher afegã

Jogo da Bolha na morgue do Hospital de Magalhães Lemos no Porto: agência funerária que meter mais amigos fica com o funeral dos mortos do dia

Depois da cafetaria do Hospital Magalhães Lemos ter sido usada para realizar um encontro de jogadores do “jogo da bolha”, esta instituição hospitalar tem vindo a transformar-se na capital nortenha deste jogo ilegal e local de onde têm nascido algumas das modalidades deste jogo adaptadas ao contexto hospitalar. No “jogo da bolha das urgências” quem conseguir chegar ao centro da bolha ganha uma senha de cor vermelha (atendimento imediato do utente) e quem perder fica com a senha azul (atendimento superior a 4 horas). A actividade lúdica do hospital é já um case study com milhares de praticantes diários do jogo da bolha nas versões “transplante hepático”, “transplante renal”, “medula óssea”, “eutanásia para tetraplégicos” e o jogo do sangue raro, o “Jogo do O rh negativo”.
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sem comentários

Manipular, manipular sempre!


Sinal de "trânsito" que devia passar a figurar nas capas de alguns jornais, revistas e no início de muitos programas de televisão.

É hoje evidente para quem quiser ver, que um grande número de pessoas que se fazem de jornalistas, estão infiltradas nas revistas, jornais, rádios e televisões, com o único objectivo de merecer o que os patrões lhes pagam para defender as posições desses mesmos patrões.
Como os interesses dessa gente raramente coincidem com os reais interesses da sociedade, os seus criados “jornalistas” são obrigados a mascarar de notícias e posições independentes e pluralistas, toda a sorte de mentiras, calúnias, manipulações da verdade, etc, etc, enfim, tudo o que sirva para denegrir ou mesmo eliminar os adversários económicos ou políticos dos seus donos.
Claro que ainda existem jornalistas que resistem e, evidentemente, blogues, que aproveitando a ausência de censura neste novo meio (por enquanto), dizem o que há que dizer sobre este lamaçal da manipulação, casos de um ou outro blogue (e mais... e mais e tantos mais...) de pessoas que me orgulho de ter como “amigos de infância”.
Como é que estes “jornalistas” atingem o estado de perfeição que lhes permite estabelecer como verdades que Chávez é um ditador, as FARC acamparam na Festa do Avante para sempre, os monges budistas do Dalai Lama querem implantar o paraíso no Tibete, Álvaro Uribe é um democrata, etc, etc, etc? Pois... praticando muito! Para mentirem com perfeição sobre assuntos importantes, como as maravilhas de uma qualquer nova privatização, flexi-qualquer-coisa, ou o que fôr, treinam, treinam muitíssimo e diariamente... com banalidades.
Exemplo de “treino de manipulação com assunto banal” de hoje.
No jornal aqui do café da esquina, que já nem digo qual é, senão ainda pensam que tenho alguma coisa contra o Correio da Manhã, leio pelo canto do olho, uma rubrica que já dura há algumas semanas e em que pessoas conhecidas falam do seu “modelo” de férias ideais. Desta vez era o psicólogo Júlio Machado Vaz, cujo ideal de férias, segundo as letras garrafais do título, seria:
“A Quinta de Cantelães e uma mesa a abarrotar!”
Qualquer pessoa que o não conheça ou tenha alguma aversão a pessoas que estão constantemente a falar de sexo, pensa “Este gajo é um verdadeiro alarve!”

Se no entanto se der ao trabalho de ler as respostas que ele realmente deu, descobre que a tal quinta é a sua casa e não um qualquer Turismo Rural com restaurante “enfarta brutos” e o que disse afinal, foi “A Quinta de Cantelães e uma mesa a abarrotar de amigos e família!”
Viram? É apenas um treino. Mesmo numa entrevista é possível fazer isto... escreve-se a alarvidade no título e, como costumo dizer, o mal está feito. Quase ninguém vai ler o resto...
http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/

cucu!!!...

Beber vinho. Ok, mas do bom!

Não há religiões tolerantes

Seja onde for que aconteça a violência religiosa, é dever dos ateus repudiar os ataques à liberdade e à intolerância que o proselitismo fomenta.
Há crentes que conseguem integrar os princípios humanistas na mitologia da fé, admitir que os mitos alheios merecem o mesmo respeito que os seus e dar aos outros os mesmos direitos que reclamam para si próprios. Tal não acontece com as religiões, cuja vocação totalitária leva os fanáticos a pretender que haja um só deus verdadeiro – o seu – e uma só doutrina protectora da alma (seja isso o que for).
A violência das crenças exige dos ateus, agnósticos e cépticos uma vigilância constante e a defesa intransigente da laicidade do Estado, luta para que devem ser estimulados os crentes tolerantes e todos os que repudiam a violência divina sobre a liberdade humana.
Prevenir as tragédias humanas provocadas pelas três religiões do livro, as guerras e o sangue derramado em nome de um deus violento e cruel, é uma obrigação para impedir o retorno à influência clerical e às ditaduras com apoio confessional.
Não há religiões boas, por mais tolerantes e escorreitos que se tenham tornado alguns crentes. A violência de deus é a interiorização do pior de que os homens são capazes praticada pelos piores.
Cinco pessoas morreram em uma onda de violência contra cristãos no estado indiano de Orissa, depois que extremistas hinduístas começaram a atacar igrejas e edifícios dos católicos, entre os quais, um orfanato, que foi incendiado.

Para além da manutenção das castas, que os torna indignos, agora, à semelhança dos sectários das religiões abraâmicas, os extremistas hinduístas também atacam os templos das outras religiões. É preciso que o nojo, a revolta e o repúdio dos ateus denunciem e combatam o fanatismo e o ódio que nascem nas alfurjas da fé e nos antros da catequese.

http://www.ateismo.net/

agora dou-te a ti e depois dás-me a mim...ok?

Train your brain


Os jornais chegam a mais, muito mais pessoas do que os artigos e livros de teor académico. Chegam também a todo o tipo de público, mais e menos informado. Daí que as suas decisões tenham impacto directo em muita gente.

Considerando que essas decisões podem contribuir para o enriquecimento ou empobrecimento cognitivo, há uns meses atrás detivemo-nos na decisão que nos pareceu particularmente infeliz do Semanário Sol distribuir adaptações, destinadas a crianças, de textos dos nossos autores clássicos. Detemo-nos, agora, na decisão que nos parece particularmente feliz do Semanário Expresso distribuir pequenos livros de exercícios destinados a “exercitar a mente”.

Tais livros não são uma ideia original deste jornal, como foi a dos livros adaptados, que o Sol partilhou com as Edições Quasi. Mas nem sempre a originalidade é uma mais-valia; se outros tiveram um boa ideia, resguardando os devidos direitos de autor, é razoável que se siga. Neste caso, o Expresso foi buscar a ideia a Espanha, mais precisamente a Ángels Navarro, que também concebeu os mais de trezentos exercícios que se oferecem aos leitores de todas as idades.

E concebeu muito bem. Numa linguagem simples e sinteticamente, explica a importância de se treinarem as capacidades ou competências que dão corpo à nossa inteligência, explicando as que são postas em evidência nos exercícios propostos: percepção/espaço, linguagem, cálculo, raciocínio e memória. Sossega a pessoa que pega no livro, afirmando que, para se ter sucesso “não são necessários grandes conhecimentos, nem qualquer preparação especial. É apenas necessário abrir a mente, libertar-se de ideias preconcebidas e aceitar o desafio”. Dá, ainda, alguns conselhos gerais para melhor actuar, que também servem de suporte para que a pessoa não desista à primeira dificuldade. De seguida, vêm os exercícios, muito bem apresentados sob o ponto de vista gráfico e, no final, as soluções e meia-dúzia de páginas em branco para notas.

Sem desvalorizar todo este trabalho, arriscamos afirmar que de importância semelhante é a sua divulgação neste país de baixos resultados académicos, invariavelmente revelados em provas nacionais e internacionais. Resultados que indicam não uma incapacidade intelectual inata dos nossos alunos para compreender e resolver problemas mas, sobretudo, uma falta de estimulação cognitiva na escola, nas família e noutros ambientes em que vivem.

Por outro lado, a tiragem de 150 mil exemplares que o Expresso fez dos livros de exercícios, poderá fazer chegar a seguinte mensagem a pelo menos esse número de pessoas: “a investigação psicológica e neurológica mostrou que os exercícios mentais ajudam a combater o envelhecimento cerebral. A memória treina-se, o vocabulário adestra-se e o raciocínio exercita-se”. Invocam-se dados científicos correctamente, além de que se trata de dados que nos dão esperança: afinal há saída para melhorarmos.

Só mais uma nota: os quatro livros da colecção saem todos em Agosto. Excelente decisão, pois sendo o mês de férias para grande parte da nossa população, é a altura do ano mais amável para este tipo de desafios.
http://dererummundi.blogspot.com/

não é influência dos filmes...é influência da realidade!

Religião liberta… os bolsos dos contribuintes alemães

Na Baviera, Alemanha, o partido “Os Verdes” propôs ao Ministro Günter Beckstein terminar com os privilégios dos bispos católicos que recebem “altíssimos vencimentos” e que vão de 7.400 a 10.000 euros mensais.
Só na Baviera a Igreja Católica recebe do Estado 60 milhões de euros por ano. Bastante menos recebe a Igreja protestante “Conselho da Igreja Evangelista” - 1.609 mil euros por ano. A Igreja Ortodoxa Grega consegue 251 mil euros, a Igreja Ortodoxa Romena - 72.000 euros e a Igreja Ortodoxa Russa - 23.000 euros.
O chefe da representação de “Os Verdes”, Sepp Dürr, afirmou que, nas condições actuais, efectuar tais donativos aos católicos é um esforço “sobre-humano” para os contribuintes que descontam do seu salário o “Imposto da Igreja”.
Fonte: sedmitza.ru
http://www.ateismo.net/

Uma escola, uma professora, um aluno


No European Student Competition in Ancient Greek Language and Literature, promovido pelo Ministério da Educação da Grécia, participaram neste ano 551 escolas europeias e mexicanas do ensino secundário, num total de 3.532 estudantes.

Portugal foi representado por uma escola, a Escola Rodrigues de Freitas, do Porto, e por um estudante, Afonso Reis Cabral.

Esta representação deve-se em, grande medida, à iniciativa da professora Alexandra Azevedo, que teve conhecimento do dito concurso através de contactos que mantém nos meios académicos e apresentou-o à sua turma de Grego do 12.º ano. Afonso foi o único aluno a aceitar o desafio. O esforço e a concentração que a preparação exigiu foram compensados com um oitavo lugar.

No próximo dia 1 de Setembro, em cerimónia oficial, que terá lugar em Atenas, receberão o respectivo prémio.

Pessoalmente, vejo neste prémio mais do que um prémio; vejo a tenacidade e o empenho em manter viva a cultura clássica e a esperança de a fazer renascer no nosso sistema de ensino.

Imagem retirada daqui
http://dererummundi.blogspot.com/

Uma entrevista do Prof. Marcel Leroux



Uma entrevista recente do grande climatologista francês Marcel Leroux, falecido em 12/Agosto/2008.Ainda demorará alguns anos até a humanidade se aperceber da importância da teorias de Marcel Leroux para a ciência da climatologia. Mas a importância é decisiva! Marcel Leroux está para a climatologia como Galileu está para a física, ou Lavoisier está para a química ou Pasteur está para a medicina.
Nesta entrevista de vinte minutos vem à baila, como não podia deixar de ser, a fraude da teoria do aquecimento global. É ouvir com atenção porque esta entrevista vale por muitos livros e filmes...Data de 2007.

O que a caixa negra do Spanair MD82 nunca dirá


Aquilo que nunca será revelado pela caixa negra do avião da Spanair: a acumulação de mais-valias, a financiarização, o dinheiro não como veículo de transacções e sim como objecto da mesma — é o que está por trás do acidente. Daqui a alguns meses terminarão de analisar o conteúdo das caixas negras do MD82 espatifado em Barajas, mas podemos afirmar desde já com certeza aquilo que não sairá das mesmas: serão teorias a sustentar que as causas do sinistro têm a sua origem em interesses especulativos comerciais capitalistas. Não, certamente descobrirão falhas em cadeia, humanas e mecânicas, às quais serão atribuídas todas as culpas da tragédia.

Estas caixas não dirão que a companhia — cuja maioria do capital pertence ao grupo escandinavo SAS, semi-público (50%), que também possui a BMI, Air Botnia, Brathens, Wiideroee, Air Greenland — há tempos tenta vender a empresa espanhola. Para isso pressiona ao máximo a força de trabalho comprada aos seus empregados com o objectivo claro de apresentar a companhia no mercado da forma mais atraente aos possíveis compradores (após o fracasso das tentativas de venda a Marsans e Pascual). A receita neoliberal é reduzir o encargo representado pelos salários do pessoal, juntamente com a sobre-exploração do mesmo. Tudo em prol da máxima produtividade, a fim de conseguir uma maior mais-valia.

Não percamos de vista a ideia de que para a SAS a Spanair é um produto que ela tenta colocar no mercado. Como amostra cito informações publicadas em diferentes media:
• 26/03/2008 – Pilotos de Spanair decididiram entrar em greve para a negociação do IV Convénio Colectivo (El Periódico)
• 11/07/2008 – SAS, propietária da Spanair, ameaça os sindicatos com o encerramento, se estes não aceitarem os 1.100 despedimentos (ElCorreodigital.com)
• 14/08/2008 – SAS perde 165 milhões de euros no semestre e anuncia novos despedimentos no grupo, cerca de 2.500 empregados e 33 aviões menos (Cinco Días)
Com estes três exemplos vemos para onde tentavam ir os "suecos". Os pilotos queixam-se há tempos de pressões da parte da companhia para saltarem descansos e voarem em quaisquer condições. A prova desta actuação é a ameaça clara aos sindicatos de encerrarem a empresa caso não sejam aceites tais condições. A crise no sector tem como agente principal a própria crise em se encontra mergulhado o mundo capitalista. Isto traduz-se pela baixa no número de pessoas que fazem turismo e usam o avião como opção, pela subida dos combustíveis – o MD82 gasta cerca de 25% mais do que outros aparelho – e pela competição com as companhias low cost.

Crise a que alguns chamam tripla, ou seja: económico-financeira, energética e alimentar. Outros acrescentam às anteriores uma causa-efeito adicional: a ecológica. E eu, para deixar o mercado como entidade incorpórea que rege os destinos das vidas humanas, acrescentaria a esta crise ainda um outro factor, talvez o principal: falta de moral, valores, princípios, chame-se como se quiser.

Isto do mercado é curioso. Enquanto alguns capitalistas alavancam contratos de futuros do petróleo e ganham enormes mais-valias, outros deles "lixam-se" e perdem boa parte das suas por causa disto, como no caso destas companhias de transporte aéreo.

O capital do nosso tempo tornou-se ocioso. A financiarização do capital faz com que este já não procure a produção de mercadorias ou a prestação de serviços à sociedade. Não, procura apenas recuperar o máximo de mais-valias para o "seu" capital adiantado.

"O processo de produção capitalista – produção social – não é mais que um método de produção de mais-valias relativas, ou seja, aumentar a auto-valorização do capital, o que se chama riqueza social". Marx, O Capital, Livro I.

A citação anterior mostra que a riqueza social que os capitalistas procuram hoje produzir está na proporção directamente inversa à da sua moral, por ausência ou carência total desta. O dinheiro é posto no mercado não como veículo da transacção económica, não, converteram-no no objecto e objectivo da mesma.

As empresas são propriedade de entidades com o máximo interesse no lucro, fundos de investimento. Os chamados capitais andorinha, os fundos abutre, os hedge funds, sicavs, Unit Linked, SIL, etc com uma extensão infinita de artifícios financeiros para a tomada de posse de empresas por outras empresas, entidades sem rosto, sem sentimentos, guiadas pelo cheiro do dinheiro.

"Ao dinheiro passa-se exactamente ao contrário do que com o ser humano, quanto mais livre pior". Eduardo Galeano.

Por informações posteriores à tragédia parece certo estes senhores capitalistas pretendem quantificar o problema dando-lhe uma solução económica, com indemnizações num montante de uns 50 milhões de euros. Alguns media indicam que os familiares receberiam 130 mil euros por cada familiar falecido. Em quanto podemos quantificar os sentimentos, as vidas truncadas? Eles, que valoram tanto os seus meios produtivos, valoram por igual uma vida humana jovem ou velha? Em termos de mercado, uma força vital mais jovem tem um período de vida útil maior que a de um ancião, que já pode estar caduca para os seus interesses. Não poderiam, por esta mesma regra que utilizam a cada dia para jogar com vidas humanas, calcular seu valor de troca no mercado?

Após o acidente pudemos ver a parafernália própria destes casos: políticos, dirigentes, monarquia, com caras compungidas, a visitar os familiares das vítimas e os poucos sobreviventes a fim de "dar ânimo". Pessoas tão desprendidas e humanas que devemos protegê-las, cuidar que se perpetuem como nossa classe dirigente. Não as merecemos! Elas até suspenderam as suas férias! Claro que eles viajarão em aviões revistos até o último parafuso.

Por tudo isto, penso que aquilo que nunca se dirá é que tragédias como esta tornarão a verificar-se — enquanto os lucros empresariais se sobrepuserem às vidas humanas, enquanto for deixado ao controle do mercado a supervisão dos aparelhos e enquanto se procurar baixar os custos de manutenção das empresas.

Finalizo com uma reflexão sobre a repercussão mediática desta tragédia e das que se verificam diariamente nas auto-estradas espanholas. Neste ano, segundo a DGT, temos 1594 mortes. Segundo o governo estes dados são esperançosos, pois no ano de 2007 baixou nuns 9% o número de falecidos por acidentes de tráfego, só 2749. Quem se preocupa em consolar os familiares?

Podemos ver na TV uma campanha publicitária de uma conhecida marca de seguros que nos mostra uma pessoa a receber um golpe depois do outro com uma força desmedida. A seguir mostram-nos outra à qual dão tapinhas quase carinhosos em ambos os lados, com a mensagem de que é melhor receber o golpe pouco a pouco. Isto deve passar com a comparação entre a tragédia do MD82 da Spanair e as tragédias nas auto-estradas.
Miguel A. Jordán León
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

quinta-feira, agosto 28, 2008

Portugal?

ditos e quejandos

"OS POLÍTICOS ESCOLHEM QUEM GANHA CONCURSOS PARA AS OBRAS PÚBLICAS"

- Siza Vieira ao Diário de Notícias, citado pelo O Diabo de hoje.


"A CLASSE POLÍTICA PORTUGUESA ESTÁ A COMPORTAR-SE COMO A AFRICANA"

-Fernando Dacosta, ao O Diabo de hoje.

http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/

sem comentários

Ignorância leva mães grávidas adolescentes a pedirem testes de ADN para provarem que o filho que carregam é do namorado e de outra fulana

Além do aumento dos pedidos de teste de paternidade através da análise de ADN, algumas empresas portuguesas, devido ao aumento de solicitações, já disponibilizam testes de maternidade alheia a pedido de mães adolescentes ou adultas com grau elevadíssimo de ignorância, ciúme e paranóia em relação ao seu cônjuge. Os testes de maternidade pré-natal custam cerca de 600 euros, os resultados do teste são obtidos em 3-5 dias e têm um risco inferior a 0,5% de aborto espontâneo. Para realizar este teste é necessário realizar uma amniocentese entre as semanas 14 e 20 de gestação para recolher uma amostra de líquido amniótico, sendo necessário juntar as amostras biológicas de todas as mulheres que podem ter tido ou têm um caso com o pai da criança para se apurar a identidade da mãe.
http://biscoitointerrompido.blogspot.com/

como pode ser perigoso...mais vale colocar o cinto!

No problem

O relatório preliminar do inquérito aberto ao acidente de sexta-feira com um comboio da Linha do Tua que provocou um morto e 37 feridos, alguns em estado grave, foi entregue ontem à noite ao ministro das Obras Públicas, Mário Lino. Os técnicos que a conduziram, todos pertencentes a entidades com interesses no caso, afastaram a existência de qualquer problema com a automotora e com a linha, logo, com quem lhes paga o vencimento no final de cada mês. Os esquecidos relatórios dos três acidentes anteriores continuam no segredo dos deuses, leia-se, da tutela.
http://opaisdoburro.blogspot.com/

a meditar...

Que barato

o capital social do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, é de 133 milhões de euros. O do Hospital de S. João, no Porto, é de 120 milhões. O do Centro Hospitalar de Coimbra (Covões), muito mais pequeno que os HUC, é de 16 milhões. E o dos Hospitais da Universidade de Coimbra, uma das maiores – senão a maior – unidades hospitalares do país, é de apenas 5 milhões, o que nem sequer cobre os custos de exploração. Está baratinho. Quem compra?
http://opaisdoburro.blogspot.com/

acto revolucionário

A velhice não perdoa

A Razão do Passeio Olímpico


"Lançar a esta hora foi muito complicado. De manhã só estou bem é na caminha."
Marco Fortes - Lançador do Peso, classificado em 38º

"A arbitragem estava feita para ganhar a chinesa."
Telma Monteiro - Judoca, classificada em 9º lugar

"Não me dou nada bem com este tipo de competições."
Vânia Silva - Lançadora do Martelo, classificada em 46º

"Entrar neste estádio cheio bloqueou-me um pouco. Acabei a prova fresco, o que é estranho."
Arnaldo Abrantes - Velocista, último lugar nos 200m

"Vou de férias. Não vou participar nos 5.000 metros porque não vale a pena."
Jessica Augusto - Meio Fundista, eliminada nos 3.000 metros obstáculos

"A égua entrou em histeria com o écran de video."
Miguel Ralão Duarte - Cavaleiro, desistiu na disciplina de «dressage»

"Ai Caralho! Ainda bem que já passou a prova."
Vanessa Fernandes - Atleta de Triatlo, Medalha de Prata

"Aproveito a ocasião para deixar uma palavra de confiança e homenagem a todos os atletas portugueses participantes nos Jogos Olímpicos."
José Sócrates - 1º Ministro, não foi a Pequim

A actuação da equipa olímpica portuguesa em Pequim é o espelho do estado do país: patéticos, irresponsáveis e pequeninos. A estupidez natural é tanta que o Presidente do Comité Olímpico Português se viu obrigado a vir para a televisão pedir brio e profissionalismo aos seus atletas.

Pessoalmente, acho que a atitude dos atletas portugueses é perfeitamente legítima, principalmente porque os vejo como um produto acabado da «Geração Sócrates».
Não se pode pedir à «Geração Sócrates» que seja profissional quando o exemplo máximo de governação reside num engenheiro amador. É óbvio que os atletas se comportam como uns labregos amadores, quais funcionários públicos olímpicos que foram à China passear com o dinheiro dos contribuintes portugueses (15 milhões de euros foram gastos com estes atletas pouco olímpicos) e fazer aquilo que qualquer funcionário público português faz diariamente: nenhum. E, tal como o seu líder espiritual, a «Geração Sócrates» não assume quaisquer responsabilidades sobre a merda que faz ou diz.

Para Sócrates, a responsabilidade do estado miserável deste país nunca será da sua governação de contabilista: é do governo anterior; é da crise internacional; é do preço do petróleo; é do aumento das matérias-primas.
Para o atleta olímpico português a culpa é das manhãs, dos árbitros, dos estádios cheios de gente. Para o atleta português o ideal seria que os Jogos Olímpicos decorressem num descampado ermo ao lado da Reboleira Norte, à porta-fechada e sem pressão mediática. Eu sugiro que Massamá se oriente e organize os Jogos Olímpicos de Massamá - vai estar à pinha de atletas portugueses a bater recordes mundiais uns atrás dos outros.

Sócrates está a criar uma geração de meninos. De meninos tolinhos e com uma estupidez olímpica só comparada à do seu líder espiritual.
http://razao-tem-sempre-cliente.blogspot.com/

espectáculo em Setembro


http://antero.wordpress.com/

Transferência de competências para as autarquias já não se vai efectuar

Ao contrário do que estava inicialmente previsto, a transferência de competências para as autarquias das escolas até ao 9º ano não vai avançar em Setembro, devido ao facto de a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) ter rejeitado o documento final apresentado pelo Ministério da Educação.
A ANMP justifica a rejeição com o facto de considerar que o Governo não respeitou alguns dos pontos acordados. A Associação aguarda agora uma resposta por parte do Ministério tutelado por Maria de Lurdes Rodrigues “sobre um conjunto de questões levantadas”, afirmou o vice-presidente da ANMP, António Ganhão.
O Ministério da Educação pretendia que as competências com o pessoal não docente e com o parque escolar passassem a ser da responsabilidade das autarquias já no início do próximo ano lectivo. No entanto a ANMP recusa, queixando-se de problemas financeiros mal resolvidos, inexistência de percentagens de pessoal a contratar e falta de articulação entre Escola e Câmara.
“A maioria das autarquias não vai contratualizar com o Ministério da Educação a transferência de competências. As que o farão servirão como experiência piloto, que pode ser importantíssima para análise e avaliação futura”, afirmou António Ganhão.

Correio da Manhã
http://ocantinhodaeducacao.blogspot.com/

mente aberta


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Princípios para um Associativismo Ambiental Alternativo

Fonte: blogue Terra Livre ( Açores)

Embora plural no que diz respeito à forma de pensar e viver o ecologismo, consideramos que não se pode separar os ecossistemas naturais da vida do homem na sociedade, não esquecendo que a crise ecológica global não atinge de igual modo as pessoas no mundo.


É o modelo actual de produção e consumo o responsável pela violação dos direitos humanos e ambientais da maior parte da humanidade, sendo também responsável pelo sofrimento infligido aos animais

Defendemos uma nova relação do homem com o ambiente, assegurando que todos os recursos estejam equitativamente repartidos entre todas as pessoas, tanto as do Norte como as do Sul, não esquecendo as gerações vindouras.

Pensamos que um mundo mais justo, pacífico e ecológico só será possível através do contributo de todas as pessoas e não apenas das opiniões dos técnicos ou especialistas.

Assim, consideramos importante que sejam respeitados os seguintes pontos:


1. O capitalismo, seja ele liberal ou de estado é o responsável pela crise global que afecta todos os habitantes do Planeta. A política e a economia deverão sofrer alterações profundas, contemplando o desenvolvimento humano e a satisfação equitativa das necessidades, ultrapassando a sua obsessão pelo crescimento ilimitado.


2. Consideramos que é fundamental o respeito do homem para com os restantes animais domésticos e selvagens, assim é imprescindível promover uma educação, cultura e legislação que garantam os direitos dos animais. A sociedade que defendemos não pode aceitar espectáculos onde se torturem animais, como as touradas, etc.

3. Hoje, a nível mundial, assiste-se à crescente extinção de espécies da fauna e flora, o que se traduz numa perda incalculável de património genético e à delapidação de recursos geológicos do planeta. Consideramos imprescindível a tomada de medidas com vista à conservação da biodiversidade e da geodiversidade.


4. Defendemos uma agricultura sustentável, orientada para a protecção da biodiversidade e do direito dos povos à soberania sobre o seu património genético comum. Assim, consideramos que a aposta deverá ser na soberania alimentar e na agricultura biológica. Opomo-nos ao cultivo e uso na alimentação de Organismos Geneticamente Modificados.


5. A única energia limpa é a que não é consumida. Assim, defendemos um modelo energético alternativo ao actual, com produção descentralizada e baseado na poupança e eficiência energética e nas energias renováveis. Opomo-nos à utilização da energia nuclear, tanto para a produção de electricidade como para a construção de armas, não só pelos riscos envolvidos, mas também por fomentar um modelo de sociedade militarizada e monopolista.

6. A terra é de todos os seus habitantes, daí que sejamos solidários com todos os povos do mundo, defendendo o seu direito à autodeterminação, o respeito às suas culturas autóctones e seus modos de vida. Rejeitamos os impedimentos à livre circulação das pessoas e defendemos que nenhum ser humano possa ser considerado ilegal.

7. Defendemos um modelo de democracia real, onde a participação cidadã e o acesso o mais amplo possível e livre à informação seja a coluna vertebral de todas as deliberações. Não aceitamos os totalitarismos políticos e a acumulação de poder, defendemos a máxima descentralização e pugnamos por um associativismo livre e independente.

8. Somos pacifistas, consequentemente defendemos a solução não-violência dos conflitos e opomo-nos à militarização das sociedades e ao uso da ciência e da tecnologia para fins militares. Advogamos o fim dos exércitos e denunciamos o impacto social e ambiental da indústria militar e do comércio de armas.

9. Defendemos para todas as pessoas trabalhos, dignos e livres de exploração, que contribuam para a satisfação das aspirações individuais e colectivas.

10. Reclamamos uma educação integral e multidisciplinar que torne responsável e consciente o indivíduo da sua posição na natureza e que não reproduza a actual sociedade, discriminatória e competitiva.

http://pimentanegra.blogspot.com/

quarta-feira, agosto 27, 2008

Olha, um soldado do império que encontrei quando andava a passear...

atenção!


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Efeito Berlusconi

Em Itália, a Federação Nacional de Faculdades de Medicina defende o fim das transmissões de “Dr. House” e “Anatomia de Grey”. Diz a presidente da federação, Annalisa Silvestro, que estas séries “estão a ensinar aos espectadores formas inexactas de aplicar medicina, desinformando a população”.
Como puderam as faculdades de Medicina escolher esta senhora para presidir à federação nacional? Será que o nome “Annalisa” não lhes disse nada?
Filosoficamente falando, a senhora Silvestro parte de uma premissa originariamente falsa: considera que o italiano médio não pode ser mais inteligente do que ela, que é médica e preside a uma federação nacional.
Este é, aliás, o princípio fundador da censura e, ao mesmo tempo, o seu escândalo. Quem corta, para não se ver, julga o espectador pela sua marca de inteligência.
Entre nós, o Estado Novo entendeu que o povo português não era menos provinciano e bafiento que os seus governantes. Mandou então cortar tudo aquilo que estes não conseguiam ver sem que os dogmas de uma vida se desfizessem como um castelo de cartas.
Em Itália, por estes dias, insiste-se. A eminente Federação Nacional de Faculdades de Medicina não percebe duas séries e por isso, só por isso, acha que ninguém mais percebe.
http://lobi.blogs.sapo.pt/

sem comentários...

Então e eu?