terça-feira, junho 16, 2009

Cavaco Silva - A (falta de) imaginação no poder


Para um Presidente da Comissão Europeia, fosse ele quem fosse, ser muitíssimo importante e decisivo para o seu país de origem, em detrimento dos restantes países membros, teria que ser uma pessoa absolutamente desprovida de carácter e no fundo, um corrupto. Ora José Manuel Durão Barroso, cuja principal função é estar de gatas perante as grandes potências europeias e os EUA e sendo, portanto, pouco mais que um inútil, não parece que tenha beneficiado Portugal em coisa nenhuma... o que sempre é um ponto a seu favor.
Estabelecido que Portugal não ganha nada com a portugalidade do Presidente da Comissão Europeia, a insistente excitação com a nacionalidade do homem só pode ser fruto da parolice. A mesma parolice que nos faz derreter de patrioteirismo com uma qualquer bota de ouro, saltos disto ou daquilo, primeiro lugar em concurso de arrotos, ou desenhos em muros, feitos com xi-xi... que apenas honram os atletas e autores dos “feitos” e não o país, que não poucas vezes não lhes liga a ponta de um corno se não trouxerem para cá uma medalhinha qualquer.
Cavaco Silva, que hoje em dia, basta mexer a boca para se ficar logo a saber que está seguramente a dizer uma tolice, disse «não imaginar algo mais importante para os superiores interesses de Portugal do que a escolha de um português para presidente da Comissão Europeia».
Curiosamente, da parte de Cavaco Silva esta declaração não podia ser mais acertada! Durante todos os anos em que teve a obrigação de realmente “imaginar” alguma coisa que servisse os superiores interesses de Portugal, não imaginou uma única de jeito, que fosse. Porque é que havia de o conseguir agora?

http://samuel-cantigueiro.blogspot.com

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